sexta-feira, 26 de junho de 2009

Oficina da alma

Oficina da alma
(Maria Inês Simões)

De sonhos loucos, gestos e mandalas. Seus olhos impregnados de ternura e compaixão. Pousaram na discórdia de envolvimento em tesão.
Era só um corpo que passava, como as nuvens, a formar desenhos camuflados em céus abandonados.
O calor subia, mas vinha do vulcão, ilha de matéria sem habitação.
O tempo formou rios, vales e dobras naquela pele humana. Só não formou crateras, nas lembranças daquele desejo em circulação.

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Maria Inês Simões - Bauru/SP